Plantas e os futuros farmacos: uma nova abordagem

A medicina anterior ao início do século XX tinha como ferramentas terapêuticas as plantas, embora usadas de forma muito empírica. Hoje vivemos uma nova abordagem científica na visão que temos das plantas.

Com o desenvolvimento da indústria químico-farmacêutica, a era dos fármacos químicos veio reinar. De início parecia que tínhamos encontrado o elixir da saúde e que estes tudo conseguiriam resolver. 

Sobretudo a partir dos anos 50-60, a farmacologia tornou-se cada vez mais química, mas o que a maioria das pessoas desconhece é que muitos destes fármacos tiveram como origem substâncias descobertas no Reino Vegetal. Exemplo disto são os digitálicos, fármacos cardiotónicos usados na insuficiência cardíaca, que resultam de melhoramentos químicos de compostos encontrados na dedaleira, planta de nome científico Digitalis purpurea.

   Digitalis purpurea
 Foto de Peterguess / Dreamstime Stock Fotos
                                     
No entanto, com a massificação dos fármacos de origem cada vez mais química, uma outra realidade começou a manifestar-se, desde inúmeros efeitos secundários até à não resolução do problema ou mesmo a criar novos constrangimentos. Veja-se o caminho dos antibióticos e os problemas graves de saúde pública que têm causado devido às inúmeras resistências microbianas aos mesmos.

Na descoberta de novos fármacos, o que a grande indústria tem feito até agora é pegar numa região do globo e pesquisar a composição química de muitas plantas em busca de moléculas novas com possíveis efeitos terapêuticos. O resultado de décadas desta estratégica não tem tido o impacto pretendido, além do dispêndio económico que isto tem representado.

Recentemente, alguns investigadores têm adoptado outra forma de abordar o problema. Com o auxílio dos pilares de healing das sociedades tradicionais, os curandeiros, esta abordagem recorre à sua sabedoria ancestral que representa um enorme volume de tentativas e erros até à depuração presente.

Na minha visão, esta é uma forma mais eficaz e humilde, integrando e reconhecendo todos os intervenientes no estudo e o respeito tanto das sociedades tradicionais como do próprio Reino Vegetal que começa a ser olhado, não como uma matéria a explorar, mas como parte integrante de um processo de evolução onde, de facto, todos somos Um, como nos diz a Física Quântica e já os nossos guias espirituais, independentemente da religião, nos mostraram o caminho.

É um pouco desta abordagem que nos fala um dos últimos artigos da revista Investigación y Ciencia, edição espanhola da Scientífic American, "Nueva mirada a las plantas medicinales" de Brendan Borrell*. 


* Investigación y Ciencia, Abril 2015, Nº 463.
http://www.investigacionyciencia.es/revistas/investigacion-y-ciencia/numero/463/nueva-mirada-a-las-plantas-medicinales-13021


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