5 Plantas com acção anti-inflamatoria

5 Plantas com accao anti-inflamatoria




Algumas das plantas mais comuns têm propriedades anti-inflamatórias.


É verdade! Talvez nunca tenha pensado que tão perto de si tem à sua disposição a possibilidade de aumentar o potencial anti-inflamatório do seu organismo.


Muitas situações, desde simples dores de garganta a constipações, rinites, alergias, feridas, gastrites, diversos problemas intestinais, problemas osteo-articulares, todos apresentam em menor ou maior grau um estado inflamatório. Na tentativa de eliminar sintomas desagradáveis recorre-se frequentemente a analgésicos para as dores e a anti-inflamatórios.

No entanto, quanto mais se tem estudado as plantas melhor se conhecem as suas propriedades e muitos dos conhecimentos empíricos das nossas avós estão a revelar verdades importantes em todo o mundo. Plantas do campo usadas tradicionalmente pelas populações estão a ser estudadas como fontes de produtos medicinais. Muitas delas são usadas há milhares de anos e cada povo tem as suas próprias espécies que cresceram e se desenvolveram em cada uma das regiões.

Este é um mundo fascinante que cada vez revela mais dos seus segredos. Existem milhares de plantas usadas em todo o mundo e devemos incluir aqui também plantas tão comuns como algumas daquelas que estão no nosso prato com regularidade, para além daquelas que nos esquecemos de comer e que terão de ser re-introduzidas na nossa alimentação quotidiana para bem da nossa saúde e das dos nossos descendentes.

Hoje vou falar de 5 plantas comuns que têm sido estudadas pelas suas propriedades anti-inflamatórias. Não estão sozinhas no TOP mais. Voltarei a falar de plantas com esta actividade apresentando outras que também têm um potencial elevado anti-inflamatório.


As 5 plantas TOP contra a inflamação!

Brócolos
Planta da família Brassicacea, de nome científico Brassica oleracea, os brócolos são uma das plantas no foco da investigação nutricional. Ricos em variadíssimos nutrientes (vitaminas A, B6, C, K e folatos, potássio, fósforo, cálcio e fibras), sobretudo quando as inflorescências são ingeridas cruas em que não há perda por cozedura ou diluição na água, os brócolos apresentam outros compostos que têm chamado a atenção. Um dos grupos de fitoquímicos mais estudados são os isotiocianatos, entre os quais o sulfurafano.

Este composto tem demonstrado acção contra várias bactérias, incluindo algumas responsáveis por infeccções respiratórias e contra a Helicobacter pylori, microrganismo que provoca gastrites e úlceras. O seu elevado conteúdo em flavonóides e vitamina C, antioxidantes, protege as células de alterações que podem levar a cancro. A riqueza em fibras protege os intestinos de inflamações e cancro.

As melhores formas de os consumir são crus em saladas, cozidos ao vapor, grelhados e em sopas e purés. Não devem cozer demais pois perdem parte das suas propriedades.

Alho
Allium sativum de seu nome, o alho é utilizado há milhares de anos. É rico em vitaminas C, B1, cálcio, magnésio, cobre, potássio, zinco, manganês e selénio. Muito rico em compostos antioxidantes, apresenta ainda actividade contra bactérias, fungos e virus (uso terapêutico em constipações, gripes e infeccções intestinais), baixa os valores dos lípidos sanguíneos, diminui a hipertensão e a agregação plaquetária. Estudos recentes indicam igualmente acção anti-carcinogénica.

Para obter os seus benefícios deve ser consumido picado em crú em saladas e no prato, juntamente com salsa e outras plantas aromáticas. Pode ainda ser ingerido na forma de extracto (cápsulas) que permitem a toma de doses mais elevadas.

Mirtilos
Este fruto (Vaccinium myrtillus) de coloração escura faz parte dos denominados frutos vermelhos. São ricos em antocianinas, compostos altamente antioxidantes e anti-inflamatórios. Contêm ainda valores elevados de vitamina C, betacaroteno e potássio.

São empregues para prevenir e melhorar degenerescência da mácula (afeccção ocular) e a microcirculação em geral. Devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares, complicações da diabetes e cancro.

Alecrim
Rosmarinus officinalis de seu nome, é uma das plantas tipicamente mediterrânicas. Apresenta um teor elevado em compostos aromáticos (ácido rosmarínico, ácido cafeico, ácido ursocólico, carnosol, etc.) que lhe confere muitas propriedades terapêuticas.

Entre estas, a sua acção anti-microbiana e anti-inflamatória usada nas inflamações de garganta (gargarejos) e intestinais. Tem actividade estimulante hepática (auxilia na acção de desintoxicação do fígado) e estimulante do sistema nervoso central (sobe a tensão arterial quando está muito baixa), podendo igualmente melhorar dores reumáticas quando aplicada tópicamente.

Gengibre
O rizoma do gengibre (Zingiber officinale) apresenta valores importantes de vitaminas B3, B6, ferro, magnésio e, sobretudo, manganês, assim como de fitoquímicos, entre os quais gingerol, composto com elevada acção antioxidante e anti-inflamatória.

Chá de mel e gengibre fresco é uma receita tradicional asiática para constipações e gripes. Em pequena quantidade como condimento culinário auxilia a digestão. Já se encontra à venda extracto de gengibre em cápsulas. 


Experimentem estas lindas plantas. Voltarei a este tema em breve, porque há muito mais por detrás daquilo que comemos, ou deveríamos comer.





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