Fadiga, falta de energia? Talvez o sistema imunitario nao esteja bem

Sentir fadiga constante, sem energia, muitas vezes com a sensação de estares desconectada/o contigo são alguns dos sinais de que o teu sistema imunitário não esteja na melhor forma. É importante reforçar o nosso sistema de defesa, sobretudo nesta altura em que a pressão de vírus diversos está tão aumentada.


O que é o sistema imunitário

O sistema imunitário é o nosso sistema de defesa contra bactérias, vírus, parasitas e fungos. Também nos defende de células alteradas diversas, algumas delas que podem degenerar em cancro. Por isso este sistema é tão importante. Formado por gânglios e vasos linfáticos, as suas células (os glóbulos brancos ou leucócitos) controlam invasores e estão envolvidas na defesa. Existem dois tipos de imunidade. Um deles é a imunidade inata com a qual nascemos e que tem o potencial de nos defender de alguma ameaça imediata. O outro tipo é a imunidade adquirida que vamos ganhando à medida que o nosso organismo vai sendo exposto a invasões diversas. É esta imunidade também que está envolvida com a memória de um microrganismo com que contactámos.


Sinais de um sistema imunitário enfraquecido

  • Fadiga / cansaço
  • Falta de energia
  • Constipações frequentes
  • Crises de sinusite frequentes
  • Gripes
  • Otites frequentes
  • Candidíase
  • Infecções urinárias recorrentes
  • Mais do que uma pneumonia no ano anterior
  • Micoses nas unhas (infecções fúngicas)
  • Dificuldade em concentrar-se

Estes são alguns dos sinais de que o sistema imunitário não está bem. Neste caso é fundamental cuidar dele para que o nosso sistema de defesa possa cuidar de nós eficazmente. Para tal, necessitamos de o nutrir convenientemente para lhe fornecer todos os materiais que necessita, mas também facilitar o fluxo da linfa através do qual se libertam resíduos dos tecidos do nosso corpo. 


Nutrir o sistema imunitário

Algumas vitaminas e minerais são fundamentais para um bom funcionamento da actividade de defesa. Vamos falar de alguns deles.

Zinco

É um mineral importante para a actividade imunitária e na produção hormonal, diminui o cansaço e aumenta os níveis de energia (contribui também para aumentar a actividade da tiróide e a saúde da próstata), melhora a memória, assim como a saúde da pele, das unhas e do cabelo.  Encontra-se na carne de frango, peru e vitela, no tofu e derivados da soja, nas sementes de abóbora e nos frutos oleaginosos (amêndoas, cajus, castanha do Brasil, pecãs).

Selénio

Apesar de ser um mineral tóxico em grandes quantidades, tem um papel fundamental no nosso organismo em quantidades muito pequenas. Fortalece o sistema imunitário. Entra na defesa contra radicais livres que estão na origem do envelhecimento precoce e das doenças degenerativas, como doenças cardiovasculares, diabetes, afeções reumatológicas, doenças autoimunes e cancro. Também ajuda a desintoxicar metais pesados. As fontes principais são castanha do Brasil, sementes de girassol, feijão, ovos biológicos, atum, salmão e frango.

Vitamina C

Conhecida desde há muito pelo seu benefício nas constipações e gripes, é um nutriente altamente estimulante do sistema imunitário. Está presente nos citrinos, kiwi, morangos, melão, acerola, pimentos amarelos e vermelhos, tomate, brócolos, couve-flor e couve roxa, entre outros.

Vitamina D

É a vitamina que o nosso corpo produz quando a pele é exposta ao sol, mas não se engane porque não deve ter protector solar. A pele fabrica esta tão preciosa vitamina por acção dos raios UV que são bloqueados por aqueles produtos. Deve expor a pele aos raios solares do meio dia durante 20 min e só depois colocar o protector solar. No Inverno devemos também apanhar sol e nesta altura do ano tem a vantagem de não necessitar de se proteger dos raios UV porque o sol está muito mais baixo e com menor índice destes raios. A vitamina D é responsável por aumentar a absorção de cálcio no intestino e fortalecer ossos e dentes. Recentemente, a investigação tem demonstrado que ela tem também um grande papel na estimulação do sistema imunitário, pelo que já é considerada em muitos sectores científicos como hormona. De facto, todas as células do corpo têm receptores para a vitamina D, daí a sua enorme importância. Vários estudos têm apontado que doentes com sintomas graves após infecção por COVID-19 têm valores de vitamina D muito baixos. Portanto, tenha atenção aos seus níveis desta vitamina. As melhores fontes alimentares são ovos biológicos, óleo de fígado de bacalhau (agora já podes tomar em cápsulas ou com sabores que mascaram o seu sabor forte original), salmão, arenque e sardinha.

Alimentos de origem vegetal

O consumo de grande quantidade de frutas e vegetais, sobretudo de cor verde, amarela, laranja e vermelha é a grande fonte de compostos antioxidantes e regeneradores de várias funções orgânicas, incluindo o sistema imunitário. Uma grande salada multicolorida por dia é uma base mínima para um aporte de nutrientes e fitoquímicos fundamentais.


Aumentar o fluxo linfático

Para que o sistema imunitário remova eficazmente resíduos do corpo, através da linfa, esta deve fluir de forma fácil através dos vasos linfáticos. Quando isto não acontece originam-se edemas por acumulação de linfa. Para que a linfa circule sem problemas é necessária uma boa hidratação com o consumo de 6-8 copos de água ou equivalente em infusões, sopas e sumos vegetais. Por outro lado, como os vasos linfáticos não possuem válvulas, é a compressão pelos músculos que ajuda a linfa a fluir. Daí que o movimento / exercício físico moderado sejam fundamentais para que não haja congestão ou estase.


Com estas dicas podes já começar a melhorar o teu sistema imunitário. Não deixes para amanhã. Recupera a tua vida! 




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